No Dia Mundial da Voz, celebrado em 16 de abril, profissionais da saúde aproveitam a data para destacar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e dos cuidados diários com a voz — instrumento que vai além da comunicação, sendo parte da identidade de cada indivíduo.
A fonoaudióloga Letícia Alonso, do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), explica que a voz é gerada pelas pregas vocais, localizadas na laringe. “O ar, quando expirado pelos pulmões, a por elas e as faz vibrar”, afirma. Segundo a especialista, assim como as impressões digitais, a voz é única e acompanha as transformações do corpo ao longo da vida.
Letícia explica que desde a infância, ando pela adolescência até a velhice, a voz a por diversas mudanças.
“Na infância, é comum que a voz seja mais aguda, pela posição mais alta da laringe e pelas pregas vocais serem menores. ando para a adolescência, ocorre uma mudança por razões hormonais, especialmente nos meninos. Já na fase adulta, ela se estabiliza, no entanto, é ível de variações por fatores como estresse, por exemplo. Nos idosos, por causa da perda de elasticidade e da força na musculatura, a voz tem uma menor projeção.”
Para a fonoaudióloga, mais do que um som, a voz representa quem somos. “Mais do que uma simples emissão sonora, ela é nossa principal ferramenta de comunicação, identidade e expressão”, destaca. Por isso, é fundamental ficar atento às alterações vocais e investir em cuidados contínuos.
Hábitos saudáveis fazem a diferença
O otorrinolaringologista do HSV, Dr. Fabrício Pandini, reforça que uma voz saudável é aquela “sem falhas e compreensível socialmente”. Ele explica que ela deve corresponder ao tipo físico, gênero e idade do indivíduo nas diferentes fases da vida.
Segundo o médico, práticas simples podem contribuir significativamente para a saúde vocal: “O tabagismo, consumo de álcool e o esforço excessivo podem prejudicar a laringe, causando rouquidão, pigarro, tosse e falta de ar”. Já manter-se hidratado e ter uma alimentação equilibrada ajudam a manter a voz em boas condições.
Quando procurar ajuda?
Alterações persistentes na voz podem sinalizar problemas mais sérios. “Toda alteração vocal que persiste por mais de duas semanas deve ser investigada clinicamente”, alerta o Dr. Pandini. Ele explica que há desde doenças benignas, como cistos, até quadros mais graves, como o câncer de laringe.
Os tratamentos variam conforme o diagnóstico e podem incluir sessões com fonoaudiólogos, uso de medicamentos, cirurgias e até quimioterapia.
“Há uma parcela pequena da população mundial que tem conhecimento das possíveis causas das alterações vocais e os respectivos tratamentos. O Dia Mundial da Voz foi criado para alertar a população sobre o assunto. Dessa forma, buscar ajuda e acompanhamento médico é essencial”, conclui o médico.
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