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Política

‘Fui seguido por ser preto’: denúncia de racismo na PUC chega à Câmara de Jundiaí

Estudante Gabriel Domiciano relata caso nesta terça (3), às 19h, durante sessão com moção de repúdio protocolada pela vereadora Mariana Janeiro.

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Gabriel.
Vídeo publicado nas redes sociais conta com quase 10 mil curtidas (Foto: Reprodução/ Instagram)

Na noite desta terça-feira (3), às 19h, a Câmara Municipal de Jundiaí será palco de uma denúncia pública contra o racismo institucional em instituições de ensino superior. O estudante Gabriel Domiciano, morador de Jundiaí e aluno do curso de Relações Públicas da PUC-Campinas, usará a Tribuna Livre da sessão legislativa para relatar um episódio de abordagem discriminatória sofrido dentro do campus universitário.

O caso ocorreu no mês de maio, quando Gabriel foi seguido por seguranças da universidade e abordado de forma hostil. Mesmo sem qualquer comportamento suspeito, foi obrigado a comprovar que era aluno regularmente matriculado. O episódio gerou repercussão entre estudantes e coletivos acadêmicos, ao expor práticas consideradas seletivas e discriminatórias dentro da instituição.

“O que mais me assusta é perceber que a universidade tem um padrão: oferece apoio inicial às vítimas, mas depois silencia e não adota medidas efetivas”, afirma Gabriel.

Relembre o caso

O episódio de racismo ocorreu no último dia 14 de maio, quando Gabriel chegou ao campus para sua aula das 21h05. Ao atravessar o estacionamento, percebeu que estava sendo observado por dois seguranças, que o seguiram até o banheiro. Ao sair, foi abordado pelos profissionais, que perguntaram o que ele estava fazendo ali.

Os seguranças acompanharam o estudante até a sala de aula, onde ele chamou o professor para confirmar sua matrícula. “Abri a porta, chamei meu professor e falei: ‘tem duas pessoas aqui querendo saber se eu sou aluno da faculdade’”, contou Gabriel, em vídeo publicado nas redes sociais.

 
 
 
 
 
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Reação da sala

O professor prontamente confirmou que Gabriel era aluno da turma e chegou a perguntar os nomes dos seguranças envolvidos. Em seguida, Gabriel se dirigiu à turma com um desabafo:

“Como estava de frente para a sala inteira, [aproveitei] para perguntar para todo mundo: ‘alguém aqui já ou por isso? Alguém aqui já foi perguntado se é aluno da faculdade por esses guardas?’ E ninguém havia sido perguntado”, relatou.

Abalo emocional e cobrança por justiça

Após o episódio, Gabriel sofreu uma crise de ansiedade e afirmou que vai buscar justiça. “Casos como esse não podem acontecer novamente”, declarou.

O relato trouxe à tona outras denúncias similares dentro da PUC-Campinas, envolvendo estudantes negros. O histórico de ocorrências fortalece a denúncia de racismo institucional e alimenta a cobrança por providências reais por parte da universidade.

Apoio da vereadora e moção de repúdio

A vereadora Mariana Janeiro, que recebeu Gabriel em seu gabinete, apresentou uma moção de repúdio à conduta da universidade, que será votada na mesma sessão. A expectativa é que o caso mobilize os parlamentares e a sociedade civil para pressionar por ações efetivas de combate à discriminação racial no ambiente acadêmico.

Posição da universidade

Em nota enviada ao Tribuna de Jundiaí, a PUC-Campinas afirmou que abriu sindicância para investigar o caso e reforçou seu compromisso com a justiça e a igualdade:

“A PUC-Campinas repudia veementemente qualquer ato ou manifestação de racismo e discriminação. Nossa Instituição preza por um ambiente acadêmico inclusivo, plural e de respeito mútuo.”

A universidade também destacou que o Centro de Estudos Africanos e Afro-brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro está acompanhando o caso e oferecendo e ao estudante.

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