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Política

Câmara de Jundiaí aprova moção contra racismo na PUC-Campinas após denúncia de estudante

Parlamentares cobram da universidade capacitação contínua de docentes e funcionários após denúncia de abordagem discriminatória a aluno negro.

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Gabriel Domiciano
Gabriel Domiciano durante a Tribuna Livre (Foto: Reprodução/ YouTube)

A Câmara Municipal de Jundiaí aprovou na terça-feira (3), a Moção nº 92/2025, que apela à Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) para que promova capacitação permanente em letramento racial para seus docentes e colaboradores. A iniciativa foi aprovada com 15 votos favoráveis durante o Tribuna Livre da sessão legislativa.

A moção é de autoria da vereadora Mariana Janeiro (PT) com outros vereadores – Daniel Lemos (PSD), Faouaz Taha (PSD), Henrique Cardume (PSOL), Paulo Sérgio Delegado (PSDB) e Quézia de Lucca (PL) -, e foi apresentada em resposta a denúncias de racismo no campus da universidade.

O caso mais recente envolve o estudante Gabriel Domiciano, que relatou ter sido abordado de forma discriminatória por seguranças da instituição. “Formalizar essa denúncia e responsabilizar a universidade que estudo”, afirmou Gabriel durante sua participação no Tribuna Livre.

Assista a seguir:

O caso Gabriel Domiciano

O episódio aconteceu em 14 de maio, quando Gabriel, aluno regularmente matriculado, chegou ao campus para sua aula noturna. Ao atravessar o estacionamento, percebeu estar sendo observado por dois seguranças, que o seguiram até o banheiro e, em seguida, o abordaram com perguntas sobre o que fazia ali.

Mesmo sem apresentar qualquer comportamento suspeito, foi constrangido a comprovar que era estudante. Gabriel então chamou seu professor até o corredor para confirmar sua matrícula. “Abri a porta, chamei meu professor e falei: ‘tem duas pessoas aqui querendo saber se eu sou aluno da faculdade’”, contou Gabriel em vídeo publicado nas redes sociais.

Após a confirmação de sua matrícula pelo professor, Gabriel compartilhou sua experiência com os colegas de classe. “Como estava de frente para a sala inteira, [aproveitei] para perguntar para todo mundo: ‘alguém aqui já ou por isso? Alguém aqui já foi perguntado se é aluno da faculdade por esses guardas?’ E ninguém havia sido perguntado”, relatou.

O episódio gerou abalo emocional no estudante, que sofreu uma crise de ansiedade e afirmou que buscará justiça. “Casos como esse não podem acontecer novamente”, declarou.

Posição da PUC-Campinas

Em nota enviada ao Tribuna de Jundiaí, a universidade afirmou ter instaurado sindicância para apurar o ocorrido e reforçou seu compromisso com a igualdade:

“A PUC-Campinas repudia veementemente qualquer ato ou manifestação de racismo e discriminação. Nossa Instituição preza por um ambiente acadêmico inclusivo, plural e de respeito mútuo.”

A universidade também informou que o Centro de Estudos Africanos e Afro-brasileiros Dra. Nicéa Quintino Amauro acompanha o caso e está prestando e ao estudante.

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