Neste sábado (24), o Brasil celebra uma das bebidas mais queridas do país: o café. A data, que também homenageia o barista — o profissional especializado na preparação da bebida —, foi instituída há duas décadas pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) e marca o início da colheita no país. Para os amantes da bebida, é um dia de celebração e reconhecimento.

A força do café na história e no turismo de Jundiaí

Em Jundiaí, o café sempre teve papel fundamental no desenvolvimento urbano. Os investimentos de famílias ligadas à cafeicultura foram determinantes para a instalação da ferrovia, um marco histórico para a cidade. Hoje, essa tradição continua viva, movimentando a economia e o turismo por meio de diversas atividades e empreendimentos que valorizam a cultura cafeeira.

O município conta com várias opções de cafés coloniais inseridos nas Rotas Turísticas. Na Rota da Cultura Italiana, destacam-se o Café Colonial Bella Mattina, no Traviú, e o Sítio Fragole e o Villagio Michelin, ambos no Bom Jardim. Já na Rota da Uva, a atração fica por conta do Café Colonial Andreia Gazoli, no Caxambu.

A Rota do Terra Nova oferece aos visitantes a experiência do Fazenda Montanhas do Japi, enquanto duas novas opções — Quinta dos Alves, no Corrupira, e Aroma da Fazenda, no Parque da Represa — serão integradas à Rota dos Sabores, a décima Rota Turística de Jundiaí, que será lançada pela Prefeitura na próxima semana.

Além desses, há diversos outros empreendimentos espalhados pela cidade, todos valorizando o café em suas múltiplas expressões.

A valorização dos cafés especiais

Para além das linhas tradicionais e gourmet, os jundiaienses têm se rendido aos encantos dos cafés especiais. Esse segmento se destaca pela rastreabilidade, manejo ecologicamente correto e pela seleção rigorosa de grãos mais íntegros, promovendo também o reconhecimento do produtor local.

Um exemplo dessa paixão é Fabiana Viana, barista certificada pela escola Coffee Lab. “Tomo café desde os meus sete anos e na minha família, a gente só dá bom dia depois de ter tomado café”, conta. Durante a pandemia, o hobby virou uma verdadeira obsessão:

“Sempre questionei essa história de que o melhor do café brasileiro vai para fora e fui pesquisar. Então descobri que em Jundiaí mesmo há muitos lugares onde o café especial é encontrado”.

A busca de Fabiana já a levou a conhecer duas propriedades produtoras de café especial em Jundiaí — a Casa de Pizzo e a Fazenda Bonifácio —, além de cinco microtorrefações: Dora Coffee Roaster, Ibiarte Café, LF Polônio, V2 Café e Vilarez Empório do Café. Também frequenta uma série de empreendimentos onde é possível comprar e apreciar a bebida, como Café Borgô, Cafés Pagliaroni, Cherin Bão, Lorem Ipsum Café, Rituá Espaço do Café, Romã Confeitaria e Café, Soul Good Bakery, Tami Maranhão Padaria, Teju Bakery, V2 Café, Vilarez Empório do Café e Villa Pão de Queijo. “Sem contar os lugares que ela ainda não conheceu, mas promete que ainda irá descobrir”.

O café como ferramenta de conexão

Além de barista, Fabiana também atua como corretora de imóveis e encontrou uma maneira inusitada de unir as duas paixões. “Você não chama o inimigo para tomar um café, certo? O ato de servir é uma doação e o mercado imobiliário também é isso. E ‘vamos tomar um café?’ é a frase do negócio. Eu trago o cliente aqui, faço um café e, por último, falamos de negócio”, brinca.

E não para por aí. Fabiana ainda mantém um canal de entrevistas para as redes sociais, batizado de “Café em Dia”. “Da mesma forma como aqui dentro eu só coloco café em que confio, também meus convidados são escolhidos com curadoria e têm que ter algo a ver com Jundiaí. Não sou nascida aqui, mas meu marido e filho são, e a cidade me abraçou e fez com que eu me apaixonasse desde o início”.