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Opinião

Consciência Negra – por Robson de Moura

Robson de Moura é jornalista, pai e pastor. Formado em Jornalismo e pós-graduado em Jornalismo e Segmentação Editorial, Mídias Digitais e Docência no Ensino Superior. Tem 28 anos de formação com agens em jornais diários, rádios, internet e órgãos públicos.

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Consciência Negra por Robson de Moura
Foto: Arquivo Pessoal

Ser negro num país de tamanha desigualdade não pode ser comparado ao trocadilho de “matar um leão por dia”, pelo contrário, na luta pela sobrevivência são vários os leões para se matar diariamente.

Nesse dia descaracterizado por um feriado seria correto pensar nas dificuldades de um negro chegar a lugares de destaque. Hoje isso até acontece, mas ainda com algumas ressalvas. É preciso provar todos os dias sua capacidade, talento, condições de realizar simples funções e vencer o preconceito velado ou até mesmo direto de pessoas, organismos e instituições.

Ser negro é um grande desafio. Olho para onde cheguei e miro onde ainda posso chegar. Dificuldades sempre existirão, mas a luta pela sobrevivência me fez entender o quanto é possível acreditar em meu potencial.

O racismo está cada vez mais latente, mas a dissimulação é algo comum, minimizado e muitas vezes ignorado. Ainda há tristes episódios de racismo, um dos últimos foi nos jogos Jurídicos Marília onde estudantes de uma faculdade particular ofendiam estudantes negros da USP. Mais uma vez a questão de cotas entrou na pauta.

Há 30 anos quando ingressei em uma faculdade particular não havia cotas. Venci cada obstáculo e até hoje venço o esquecimento, o descaso e até a intolerância das pessoas. Certa vez uma mulher perguntou quantas faxinas minha mãe havia feito para ‘bancar’ minha faculdade. Mal sabia essa pessoa o histórico de minha mãe. Segunda mulher negra formada em Enfermagem pela USP na década de 70. Minha heroína e guerreira foi capaz de lutar para formar dois filhos.

No Dia da Consciência Negra a discussão deveria ser a igualdade de direitos, mas como estamos longe disso ainda brigamos contra um sistema feito para segregar. Vidas negras realmente importam e por esse motivo ensino meu filho um pouco sobre esse mundo lindo, mas cruel onde racistas se escondem atrás de mesas, com canetas na mão entre outras funções.

Para bom entendedor pingo é letra! E esse texto não fala somente da Consciência Negra, também não é um desabafo de um homem negro de 50 anos capaz de mostrar ao mundo sua capacidade e matar de raiva quem acreditava no fim de sua história.

Artigo por Robson de Moura, jornalista, pai e pastor. Formado em Jornalismo e pós-graduado em Jornalismo e Segmentação Editorial, Mídias Digitais e Docência no Ensino Superior. Tem 28 anos de formação com agens em jornais diários, rádios, internet e órgãos públicos.

Opinião

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Opinião

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