O cinema brasileiro teve um momento histórico no World Film Festival (WFF), em Cannes, na França, ao conquistar cinco prêmios em diferentes categorias com produções que emocionam e instigam o debate. À frente desse feito estão as produtoras Seven Filmes e Paraíso Filmes — esta última sediada em Jundiaí (SP) —, que, sob a sensibilidade da roteirista Luciana Costa e do cineasta Jefferson Nali, transformaram temas profundos em obras aclamadas internacionalmente.

Premiações que valorizam narrativas transformadoras

As obras premiadas em abril deste ano refletem a diversidade temática e a força do audiovisual brasileiro:

• Melhor Filme de Justiça Social: Camile
  Dirigido por Maythê Costa, o curta aborda com delicadeza e coragem a violência doméstica e o abuso infantil, convidando o público à reflexão.
  “O curta Camile fala sobre violência doméstica e abuso infantil. O filme foi rodado na região da Serra do Japi, em Jundiaí-SP. Foi uma honra ver que o filme alcançou um lugar tão importante, cumprindo seu papel de gerar reflexão e debate sobre o tema”, conta a jovem diretora, que também é atriz, compositora e cantora.
• Melhor Filme Estrangeiro: Incertezas
  Com uma abordagem única sobre saúde mental, a produção conquistou seu segundo prêmio internacional, destacando a relevância do tema.
• Melhor Filme para Família: Projeto Fósseis – A Aventura Continua
  Gravado na Chapada Diamantina, o longa traz uma celebração de aventura, descoberta e alegria para todas as idades.
• Melhor Filme com Temática COVID: Não Temas
  Uma narrativa sensível sobre os desafios da pandemia e a importância da esperança em tempos difíceis.
• Melhor Filme Inspirador: Onde Estiver Seu Coração
  A obra emociona ao destacar o poder das conexões humanas em meio às transformações do mundo.

Jundiaí no mapa do cinema internacional

A Paraíso Filmes, com sede em Jundiaí, é um selo da Seven Filmes que vem se consolidando nos últimos cinco anos no cenário nacional e internacional. Fundada pelo cineasta capixaba Jefferson Nali, a produtora tem como missão dar voz ao audiovisual brasileiro, valorizando também a cultura e os talentos locais.

“Desde Vitória (ES), eu já tinha planos de amplificar a missão da produtora, que era dar voz ao audiovisual do Brasil, mas também das regiões em que estivéssemos inseridos. Jundiaí se destacou entre as cidades por sua segurança, sua economia em crescimento e qualidade de vida. Aos poucos fui observando na cidade um incrível potencial artístico, cultural, e isso foi influenciando nas percepções e criações de nossos projetos”, relata Jefferson, diretor premiado em quatro categorias.

Reconhecimento que emociona e inspira

Para Luciana Costa, roteirista e produtora executiva dos projetos, o reconhecimento internacional representa a concretização de um sonho.

“Ter seus filmes reconhecidos em festivais tão importantes como o WFF Cannes é, sem dúvida, um grande sonho. É saber que a narrativa e a criatividade encontram… Sem dúvida, é emocionante saber que a arte produzida no Brasil é apreciada ao redor do mundo.”

Luciana também destaca os desafios enfrentados pelo cinema independente nacional:
“Os desafios do cinema brasileiro são variados… geralmente envolvem orçamentos, prazos, a busca por uma equipe comprometida, mas quando se vê o produto final ser reconhecido artisticamente, entende-se que se superou as dificuldades. Isso motiva seguir em frente.”

O segredo, segundo ela, está na originalidade e profundidade. “Acredito que os projetos premiados chamaram atenção por sua qualidade, mas acima de tudo por originalidade. A abordagem de temas universais, com profundidade, de maneira única e autêntica.”

Talento jovem de Jundiaí brilha com filme sobre justiça social

Entre os grandes destaques do festival está Maythê Costa, diretora de apenas 21 anos, que venceu na categoria Melhor Filme de Justiça Social com o curta Camile. Gravado na região da Serra do Japi, em Jundiaí, o filme aborda de forma sensível e corajosa temas como violência doméstica e abuso infantil, revelando o potencial do cinema como ferramenta de reflexão e transformação.

“O curta Camile fala sobre violência doméstica e abuso infantil. O filme foi rodado na região da Serra do Japi, em Jundiaí-SP. Foi uma honra ver que o filme alcançou um lugar tão importante, cumprindo seu papel de gerar reflexão e debate sobre o tema”, afirma Maythê.

A cineasta também celebra o reconhecimento internacional: “Camile também ganhou como Melhor Filme de Direitos Humanos no festival de Los Angeles, o LA International Art Films Festival, literalmente de Jundiaí para o mundo”.

Além da direção, Maythê também é atriz, compositora e cantora, consolidando-se como uma artista multifacetada e uma das promessas do audiovisual nacional. Seu trabalho reforça a importância de abrir espaço para novas vozes no cinema brasileiro, especialmente as que emergem fora dos grandes centros.

Próximos os no cinema de transformação

Com os prêmios em mãos, Jefferson Nali reforça o compromisso da produtora com o cinema que emociona, transforma e inspira.

“Os prêmios nos trazem alegria e esperança. Vamos continuar criando, produzindo um cinema de valores, que transformam, sempre agradecendo a Deus pelas oportunidades e vitórias.”

Com esse reconhecimento internacional, a Paraíso Filmes projeta novos voos, levando ainda mais longe o talento produzido em solo jundiaiense.

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