Com a chegada precoce do frio intenso, a Prefeitura de Jundiaí, por meio da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social, antecipou a Operação Noites Frias, inicialmente prevista para começar em junho. A ação emergencial mobiliza toda a rede socioassistencial do município para proteger a população em situação de rua durante as noites mais geladas.

A operação segue até 30 de agosto, mas a população pode acioná-la em qualquer época do ano sempre que os termômetros marcarem 13°C ou menos. Nesses dias, equipes especializadas percorrem os principais pontos da cidade oferecendo acolhimento, cuidados e orientação técnica.

“Nosso compromisso é garantir o atendimento digno e humanizado a quem mais precisa, principalmente nos dias de frio, quando a exposição às baixas temperaturas pode representar risco à vida. A rede está preparada para agir de forma rápida e integrada, oferecendo acolhimento completo”, afirma Iara Coqueiro, diretora do Departamento de Proteção Social Especial.

Como funciona a Operação Noites Frias

Coordenada pelo Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS), a operação conta com uma estrutura ativa 24 horas por dia. A equipe conta com um coordenador e três equipes de campo — cada uma composta por um motorista e dois orientadores sociais.

As abordagens acontecem nos locais com maior concentração de pessoas em situação de rua, mas a operação também atende a solicitações da população, que pode colaborar informando a localização de alguém em situação de vulnerabilidade.

Estrutura reforçada para o acolhimento

Em 2024, a Operação ganhou reforço com 40 novas vagas para pernoite — 20 no SOS Cristão e 20 na Casa Santa Marta, além das 30 vagas permanentes da Casa de agem. O objetivo é garantir proteção suficiente nos períodos de frio mais severo.

“Além do abrigo e da segurança, oferecemos todo o e necessário para que a pessoa seja acolhida com dignidade. Isso inclui alimentação, banho, roupas limpas, atendimento técnico e até o cuidado com os animais de estimação que acompanham essas pessoas”, explica Luciane Mosca, gestora da UGADS.

Quando a pessoa aceita o acolhimento, o projeto a encaminha ao Centro POP, onde recebe kit de higiene, roupas limpas, alimentação, banho e o kit inverno — com cobertor, gorro, luvas e meias. Além disso, podem oferecer o recâmbio ao município de origem, caso haja esse desejo. Depois, é feito o transporte para os abrigos ou Casa de agem.

Se a pessoa optar por permanecer na rua, mesmo após a abordagem, as equipes entregam kits de inverno e fornecem orientações para reduzir os riscos provocados pelas baixas temperaturas.

Em 2024, a operação registrou média de 50 atendimentos por dia, número que varia conforme a intensidade do frio.

Como a população pode ajudar

O apoio da comunidade é fundamental. A melhor forma de colaborar é acionar o SEAS pelo telefone ou WhatsApp (11) 98531-0146, disponível 24 horas por dia. Informar a localização de uma pessoa em situação de rua possibilita que a equipe realize a abordagem com segurança e eficácia.

“Quando a comunidade participa, conseguimos ampliar ainda mais o alcance do atendimento. Ao acionar o SEAS, a população colabora com a proteção e cuidado de quem está em situação de vulnerabilidade”, reforça Luciane.